quarta-feira, 4 de abril de 2012
Lira dos vinte anos - Álvares de Azevedo
Sinopse:
*sinopse de outra edição da Lira, pois a minha não tem.
O livro é dividido em duas partes, onde na Primeira Parte de Lira dos Vinte Anos predomina a poesia mais sentimental, o devaneio do primeiro Byron e de Musset. Pontificam o medo de amar, o desejo vago por virgens inatingíveis, o sentimento de culpa frente aos desejos carnais e o fascínio com a morte. Trata-se de uma poesia de seres imaginários e idéias abstratas vagando na noite enevoada. Na Segunda Parte de Lira dos Vinte Anos, Álvares de Azevedo envereda por um romantismo irônico e sarcástico. Sem abandonar os temas do amor e da morte, representados sempre sob o manto da noite sombria, passa agora a “falar com coisas” (para usar o termo de João Cabral de Melo Neto) - a poetizar os objetos que o rodeiam. Vai agora, em processo claramente metalingüístico, dialogar ironicamente com os grandes autores do romantismo. Escreve sobre os charutos, sobre uma queda de cavalo (intuição?), sobre o dinheiro (ou a falta deste), em suma, sobre temas corriqueiros que não cabiam na poesia onírica e sentimental da Primeira Parte.
Minha Opinião:
A Lira dos vinte anos é a obra mais conhecida do escritor Álvares de Azevedo. Esse livro é considerado um dos clássicos da literatura brasileira. É um livro de sonetos e poemas que expressam as angústias, desejos, medos, anseios e pensamentos do jovem poeta.
Álvares de Azevedo, infelizmente, teve uma carreira e uma vida muito curtas, escreveu algumas crônicas, poemas, ensaios e cartas e alguns trabalhos em jornais, e viveu somente até os 21 anos quando faleceu vítima de tuberculose.
Viveu intensa e profundamente o movimento artístico/literário "Mal-do-século", e isso é que torna a Lira dos vinte anos tão tormentoso, complexo, melancólico e denso.
O livro é dividido em três partes e os versos em sua maioria são tristes e falam muito sobre a morte, mas ao mesmo tempo são bonitos em seu ultra-romantismo e sua tristeza.
Encerro deixando o link do poema Meu Desejo - o poema que eu acho mais bonito desse livro - para lê-lo clique aqui.
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